A Concelhia de Alter do Chão do Partido Socialista critica o facto de o concelho estar sem médico há mais de um mês e adianta que não se vislumbra que esta situação tenha solução para breve. Esta força política considera que o concelho não tem acesso aos cuidados de saúde mais elementares, acusando de falta de vontade as entidades responsáveis em procurar uma solução, definindo a situaç&atil
Maria Antónia Zacarias
11 Março 2015 | Fuente: Redação D.S.
Em comunicado, a concelhia socialista lembra que, na última Assembleia Municipal de Alter do Chão, o grupo socialistas “não só expôs a problemática como criticou a falta de acção do executivo municipal e estranha a incapacidade da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejo (ULSNA) e da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo de resolver o problema”
O mesmo partido frisa que em algumas freguesias do concelho, a falta de médico já se prolonga “há bem mais de dois meses”, salientando haver uma solução “pontual e desadequada” que garante apenas algumas consultas por semana. “Os alterenses não são portugueses de segunda e têm os mesmos direitos constitucionais que os restantes cidadãos”, pode ler-se no mesmo comunicado.
Sem um clínico no Centro de Saúde ou nas respectivas extensões de saúde nas freguesias, os alterenses têm o Hospital de Portalegre e o Centro de Saúde de Ponte de Sôr, ambos a cerca de 30 quilómetros de distância, como as unidades prestadoras de cuidados de saúde mais próximas. “Esta situação é insustentável. O momento que estamos a viver é inadmissível, inaceitável, insuportável e, por fim, incompreensível apesar de num ou noutro ponto, infelizmente, previsível” declarou o vereador do PS, Francisco Reis, na reunião da Assembleia Municipal.
O mesmo autarca considerou esta situação “ser mais uma prova do ataque deste Governo, com a conivência das entidades de saúde e da autarquia, ao SNS”. E prosseguiu: “A saúde no nosso concelho não pode viver o seu dia-a-dia ao sabor do imprevisto e do improviso. A saúde dos nossos habitantes não pode estar sujeita à política do deixa andar que logo se vê”.
O Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejo já reagiu, tendo negado que o centro de saúde local está sem médico há mais de um mês. António José Miranda, representante da administração reiterou que o concelho de Alter do Chão, com cerca de 13.740 utentes, “não está sem médico”. E explicou: “Há um médico que tem o apoio de mais três médicos que fazem serviço em Monforte, Crato e Castelo de Vide”.
O mesmo responsável adiantou ainda que a ULSNA “tem estado, nos últimos tempos, em sintonia com o município de Alter do Chão, no sentido de minimizar a falha temporária de uma médica que não tem comparecido ao serviço por razões pessoais”.